sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Subjetividade, agência e poder.

Subjetividade, agência e relações de poder. Compreender a produção social da subjetividade, levando em consideração dois aspectos: a) processos de sujeição, de assujeitamento, do sujeito como sujeito assujeitado, portanto, objetivado como indivíduo, de um lado; b) processos de liberação e liberdade que constituem sujeitos insurgentes, na resistência contra as situações de dominação, questionadores das próprias condições históricas e sociais de sua sujeição, de outro. Uma nova teoria do sujeito. Uma antropologia da subjetividade conectada a uma antropologia das relações de poder. Um questionamento sobre como emergem capacidades agentivas de sujeitos em contextos culturais e políticos onde forças estruturantes os constrangem, não apenas limitando-os, mas capacitando-os a fazer deslocamentos e a criar novos contextos, ou seja, produzir diferença, perspectiva, pois a perspectiva possui precedência sobre o contexto. A agência de pessoas concretas nos mais diversos contextos etnográficos. E as pessoas concretas são produzidas na rede de relações, pelas forças configuradoras de sujeitos, forças que atravessam os campos de práticas. Os sujeitos são produzidos nos campos de práticas e a partir deles. O sujeito, como dizia Nietzsche, é uma multiplicidade. Ou seja, uma multiplicidade de práticas de sentido que o compõem de modo heterogêneo. Individualidade, subjetividade e identidade nas conexões com entidades sociais. É essa agenda temática que do ponto de vista teórico tem me interessado. Nada melhor do que começar a semana de trabalho, pensando mais uma vez sobre o lugar da teoria na produção do conhecimento sociocultural e político.

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