domingo, 6 de setembro de 2015

A conversação e o devir-humano.

A conversação é o fundamento do devir humano, quando um animal humano se nega a entabular uma conversa com outro animal humano, este ato de negação da conversa é um ato de negação do devir humano. Qualquer ato humano está baseado na emoção, no agir emotivo, emocional, e a emoção é o que carrega o juízo de valor, de modo que as conversações são coordenações entre ações e sentimentos. (nota de leitura, estudando sobre a linguagem humana com Maturana)."El que el amor sea la emoción que funda en el origen de lo humano el goce del conversar que nos caracteriza, hace que tanto nuestro bienestar como nuestro sufrimento dependan de nuestro conversar, y se originen y terminen en él" (Maturana). A linguagem mais antiga dos hominídeos é a linguagem dos sinais. Chimpanzés e gorilas podem se comunicar entre si e com os humanos da espécie homo sapiens sapiens, usando-a, tomando-a como base geral para as trocas de signos. Há três milhões e meio de anos, surge uma nova configuração da situação humana ancestral, trazendo importantes transformações para o sistema de linhagem herdado pelo homo sapiens sapiens até hoje. A origem de uma nova linguagem sobreposta e independente da linguagem de sinais, uma linguagem simbólica, lançará as bases de um novo modo de viver dos humanos, baseado nas seguintes características: a) o ato de coletar, juntando coisas do mesmo tipo; b) o compartilhamento do alimento; c) a cooperação entre animais humanos machos e fêmeas; d) a criação coletiva das crianças a partir do cuidado sob a responsabilidade compartilhada do grupo; e) a sexualidade passa a ser vivenciada como uma sensualidade, o que envolve a descoberta do encontro sexual frontal como fonte de prazer e reconhecimento; f) a vida cotidiana em pequenos grupos com adultos, jovens e crianças, interagindo juntos; g) o ato de conversar, que nasce do entrecruzamento do uso da linguagem e da capacidade de sentir emoções. "Lo que diferencia al linaje homínido de otros linajes de primates es un modo de vida en el que compartir alimentos, con todo lo que esto implica de cercanía, aceptación mutua y coordinaciones de acciones en el pasarse cosas de unos a otros, juega un rol central. Es el modo de vida homínido lo que hace posible el lenguaje, y es el amor, como la emoción que constituye el espacio de acciones en que se da el modo de vivir homínido, la emoción central en la historia evolutiva que nos da origen. El que esto es así, es aparente en el hecho que la mayor parte de las enfermedades humanas, somáticas y psíquicas, pertenencen al ámbito de interferencias con el amo" (Maturana).

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