segunda-feira, 11 de maio de 2015

Sociabilidade, lazer e Rousseau em Sennet.

As pessoas quando tentam agradar umas às outras estão jogando, investindo em suas reputações à revelia do cultivo individual da virtude, estão no jogo incessante do agravo e do agraciamento, na busca de participar com sua imagem de personalidade, com seu perfil, do tipo de circulação que o capital excedente torna possível na vida social da metrópole. Fama, reconhecimento, reputação e validação para os modelos de comportamento estilizados adotados para agradar aos outros nos jogos de poder, prestígio e influência. E nesse jogo frívolo, de futilidade em futilidade, os seres humanos perdem-se a si mesmos no infinito tédio da dependência mútua sem obrigação mútua que caracteriza a vida burguesa no universo do lazer pelo lazer.

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