quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Luta com a linguagem e topos guerreiro.

"Lutamos com a linguagem. Estamos envolvidos num luta com a linguagem" (Wittgenstein). Ou como escreveu Roland Barthes sob inspiração de Nietzsche: "estamos todos presos na verdade das linguagens, quer dizer, em sua regionalidade, arrastados pela formidável rivalidade que regula sua vizinhança. Pois cada falar (cada ficção) combate pela hegemonia; se tem por si o poder, estende-se por toda a parte no corrente e no quotidiano da vida social, torna-se doxa, natureza: é o falar pretensamente apolítico dos homens políticos, dos agentes do Estado, é o da imprensa, do rádio, da televisão; é o da conversação; mas mesmo fora do poder, contra ele, a rivalidade renasce, os falantes se fracionam, lutam entre si. Uma impiedosa tópica regula a vida da linguagem; a linguagem vem sempre de algum lugar, é topos guerreiro" (Barthes).

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